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Investimentos

  • Geogeograph
  • 4 de nov. de 2018
  • 2 min de leitura

O quanto o governo se interessa em incentivar o uso desse transporte?


Mesmo nos anos de maior volume de investimentos em rodovias, o governo federal não desembolsou sequer 0,5% do PIB em melhorias da infraestrutura.

O novo estudo da CNT, Transporte Rodoviário – Desempenho do Setor, Infraestrutura e Investimentos, mostra que, desde 2004, os anos de 2010 e 2011 registraram o maior investimento federal na malha rodoviária: 0,26% e 0,25% do PIB, respectivamente.


Além de serem insuficientes para solucionar todos os gargalos, os recursos vêm diminuindo ao longo dos anos, o que contribui para gerar situações como buracos na pista, sinalização precária, traçado perigoso – aumentando, assim, o risco de acidentes e os custos operacionais do transporte. “O percentual de investimentos do governo federal em rodovias em relação ao PIB do país sempre foi pífio. Em 2016, chegou a 0,14%. Isso restringe as possibilidades de melhoria da malha”, afirma o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.

O Brasil começou a investir, realmente, em rodovias somente ao longo do século XX.

O auge dessa política veio com o Governo JK, pois o processo de industrialização do Brasil, naquela época, demandava uma maior integração territorial, o que incluía, sem dúvidas, uma rede de transporte articulada por todo o território nacional. Nesse sentido, Juscelino Kubitschek trouxe para o país a indústria automobilística, construiu a capital Brasília no interior do espaço brasileiro e promoveu a construção de várias rodovias importantes, essas ocupando praticamente todo o orçamento então destinado a transportes terrestres.


Durante o Regime Militar, a política rodoviarista manteve-se com o Programa de Integração Nacional (PIN), que visava a uma maior ocupação do Centro-Oeste do país e também da Amazônia. Nesse momento, foram construídas estradas como a Perimetral Norte, Cuiabá/Santarém e a polêmica Transamazônica, que liga a região Nordeste à região Norte no sentido leste-oeste.



Atualmente, mais de 62% do sistema de transporte brasileiro é rodoviário, fruto da concentração de investimento nesse setor. No entanto, isso não significa que haja uma grande qualidade das estradas, pois muitas delas apresentam-se em péssimas condições, gerando muitos acidentes e aumentando os custos para o escoamento de produtos, o que acaba encarecendo-os no mercado. O grande problema é que esse modal é bastante oneroso no sentido da manutenção, o que exige mais gastos públicos e mais direcionamento de verba, algo que nem sempre ocorre.

 
 
 

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